A IMPORTÂNCIA DE DESCARACTERIZAR A PINTURA DO ÔNIBUS ANTES DA VENDA PARA TERCEIROS.
Não são raras as ocasiões de em imprensa especializada, como o Diário do Transporte, e órgãos de comunicação em geral aparecerem imagens de ônibus, principalmente os rodoviários, envolvidos em apreensões por transporte clandestino e em graves acidentes.
Mesmo sem os veículos de comunicação citarem os nomes das empresas, a pintura e o padrão visual estão lá e a imprensa tem o direito constitucional de informar e exercer o seu trabalho de registro de fatos e imagens (Artigo 220 da Constituição Federal de 1988).
Entretanto, muitos destes ônibus não fazem mais parte das frotas das empresas donas das pinturas porque foram baixados e vendidos.
Ocorre que a manutenção das características das pinturas originais pode trazer grandes problemas para a empresa que realizou a venda.
E não adianta culpar ou tentar processar o órgão de imprensa.
Os problemas em relação à imagem são apenas uma face da questão.
Multas, processos jurídicos e procedimentos administrativos podem chegar às garagens sem nenhuma culpa ou responsabilidade da empresa que já não possui este ônibus.
Mesmo que o problema seja revertido, se perde muito tempo e dinheiro.
Uma dica de especialistas em vendas de ônibus usados (os que agem honestamente e que são a grande maioria deste setor) é, antes da comercialização, descaracterizar a pintura do veículo.
Não deixa de ser um investimento, mas vale a pena e, no final das contas, pode ser mais barato que mobilizar um corpo jurídico e até publicidade para provar que a empresa não teve relação com a ocorrência.
Se é caro pintar todo o ônibus, além de apagar nomes e prefixos, é recomendável repintar ao menos algumas artes visuais e faixas.
Os adesivos de gerenciadoras de transportes, como ANTT, Agerba, Detro, Artesp, etc, que trazem os números de inscrição e registro da empresa vendedora devem ser retirados também.
Outro cuidado é com a documentação.
A empresa vendedora deve se certificar que todas as transferências foram pagas e realizadas.
Guardar cópias de contratos de compra e venda, de transferência, recibos e fotografar o ônibus no momento da venda também são outras dicas importantes.
Matéria : Adamo Bazani
Foto : Mateus Barbosa / Ônibus Brasil
Fonte : Diário do Transporte
www.diariodotransporte.com.br
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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