SAUDADES DA THAMCO
por : BRITTO / Maisônibus.com
Pouco tempo antes da concordata da CIFERAL, houve um racha entre seus sócios, dando origem à CIFERAL PAULISTA, empresa localizada em São Paulo que fabricava os mesmos modelos de carrocerias que sua Matriz no Rio de Janeiro - o mesmo ocorreu com a RECIFERAL , uma empresa irmã ,localizada em Recife- PE. Ambas produziam o mesmo produto, porém, com pequenas diferenças de acabamentos - nos dois casos, a CIFERAL CARIOCA possuía participação societária.
A CIFERAL PAULISTA trocou sua razão social para CONDOR ,
construindo um modelo de carroceria derivado do modelo anteriormente fabricado, batizando também com esse nome a Fábrica. Apesar de ter escapado da concordata da CIFERAL, no mesmo ano de 1983 mesmo com a produção alcançando a marca de 160 ônibus/mês, a CONDOR entrou em processo de concordata, sendo vendida para um grupo de investidores. A empresa teve seu nome alterado para THAMCO, pois o sócio majoritário chamava-se THAMER ( Thamer Comércio de Ônibus ),iniciada a produção, fabricava o modelo Falcão usando os mesmos gabaritos da extinta CONDOR, sendo sucedido pelo modelo Águia, todos derivados basicamente do gabarito original do ciferal Urbano, fabricado na década de 70 pela ciferal carioca.
A THAMCO decide mudar sua fábrica para um barracão na Penha, e pouco tempo depois para Caieiras em um novo parque fabril onde ficou por pouco tempo. A THAMCO findou por construir uma nova fábrica no Distrito Industrial de Guarulhos, com incentivos fiscais Municipais.
Essa é pra quem imagina que o primeiro chassi Volkswagen fosse o 16-180CO em 1983, mostro-lhes que estão errados. Em Setembro de 1987, a THAMCO encaroçou 5 Ônibus sobre chassi de Caminhão Volkswagen 1113.0 , com modificações feitas pela Copauto Caminhões, em Presidente Prudente/ SP, que logo apresentaram
Essa é pra quem imagina que o primeiro chassi Volkswagen fosse o 16-180CO em 1983, mostro-lhes que estão errados. Em Setembro de 1987, a THAMCO encaroçou 5 Ônibus sobre chassi de Caminhão Volkswagen 1113.0 , com modificações feitas pela Copauto Caminhões, em Presidente Prudente/ SP, que logo apresentaram
excelentes resultados.
No final de Maio de 1988, iniciou a comercialização das versões em aço das carrocerias Padron Àguia, o TH260E executivos e rodoviários Pégasus. Naquele momento, a empresa usava apenas o duralumínio, curiosamente a dobradinha 88 - 89 representou uma fase bastante peculiar para a THAMCO a CMTC tornou-se sua grande cliente ao encomendar o re-encaroçamento dos seus Monoblocos 0-362 antigos usando a carroceria TH260E ( executivo ) e a produção dos tão sonhados ( pelo prefeito da época, Jânio Quadros) veículos de dois andares, oficialmente denominados como THAMCO ODA ( ônibus dois andares ). Os 10 primeiros foram fabricados pela própria CMTC ( projeto do Arquiteto Luiz Paulo Gião de campos e do Eng. Álvaro Szasz, baseado em um modelo Leyland inglês) e a MAFERSA quem deveria construir os restantes.
Porém, devida ao alto preço pedido, a CMTC realizou uma nova licitação ond a THANCO saiu vitoriosa. Seriam 10 carros por mês,de Abril a julho, e 30 entre Agosto e Setembro. Três desses rumariam para a TRANSURB, de Goiânia. A produção geral já beirava 180 carrocerias ( de todas os modelos ) mensais.
No final de 1989 THAMCO anunciou para Janeiro de 1990 o inicio da fabricação do primeiro ônibus Rodoviário de dois andares nacional, batizado de Gemini. Com 12,86 metros de comprimento, 2,60 metros de largura e 4,25 metros de altura, com capacidade de 76 Passageiros ( 22 na parte inferior e 54 na parte Superior,sendo espaçamento entre poltronas de 880mm e largura de 1,22 metros, a disposição seria semelhante a dos convencionais, duas poltronas entremeadas por um corredor de 440mm.
Contaria também com um compartimento de bagagem na parte traseira inferior, com a capacidade estimada de 12,19 metros cúbicos e acesso independente. O banheiro com 1,20 metros quadrados, situaria na parte inferior próximo a escada, o chassi usado para a empreitada seria o K-112TL com motor intercooler de 330 cavalos, longitudinal traseiro, suspensão a ar, freios pneumáticos, Quadro tipo Heavy Duty com longarinas de 8 mm de espessura e travessas de 6 mm de perfil.
Com ação de giro similar aos ônibus comuns, seria também um modelo econômico, afinal levando em conta a relação do consumo de combustível pelo número de passageiros transportados, conclui-se que além de mais confortável, seria também econômico.
O modelo mais vendido da THAMCO foi o Scorpion, em todas as suas versões, no Rio de Janeiro inúmeras empresas receberam este modelo, entre elas ; Auto Diesel, Penha Rio, Santa Sofia, Campo Grande, Alpha, Reginas, Rio Minho, Master, Flores, Feital, Estrela Azul entre outras.
Cercada por altas dúvidas devido ao interesse pela vanguarda tecnológica,a THAMCO teve alguns bens arrestados pela SAN MARINO ( a maior de seus credores ). Fundada em 1999 a (san Marino complementos) produzia componentes para a indústria automobilística e era formada por ex-funcionários de alto escalão da Marcopolo.
Aproveitando os bens arrestados, formou a NEOBUS em 1999 , mantendo de Guarulhos da extinta THAMCO , os últimos produtos produzidos na fábrica de Guarulhos foram os trólebus sobre chassi Mercedes Benz para São Paulo ( que rodaram na Viação Santo Amaro / Eletrosul ). Depois da entrega, a empresa mudou em definitivo para a Caxias ( Próximo a Marcopolo ).
Modelos que foram Fabricados pela THAMCO ; Falcão, Padron Águia, Pégaso, Fofão, Scorpion, Gemini, Taurus, Génesis e Dinamus.
CURIOSIDADES
O destaque da Thamco ainda na época dos Águias, até o fim da carreira eram seus Bancos: Estofados, de espuma densa eram bem confortáveis, e em vez de assento/ encosto inteiriço, eram duas peças individuais ( uma para cada passageiro ), só que para se soltar era muito fácil. Jogue a primeira pedra quem nunca viu um banco desse danificado ( e era toda semana ) , tanto que mutas empresas preferiam o assento inteiriço de fibra.
O Scorpion, ônibus da Thamco que mais vendeu e mais fez sucesso foi plagiado, baseado no caio Vitória, olhando de lado e de trás tinha quem se confundisse ao ver-lo de longe.
O Falcão usava lanternas de uma Volkswagen
Brasília.
O Gênesis usava lanterna de um Ford Escort.
O Scorpion do Volkswagen Gol quadrado.
Fonte :
Fotos :Acervo Paulão
Acervo Pedro Oliveira
Alexandre Britto
Thiago Crespo
Revista Technibus 1991
No final de Maio de 1988, iniciou a comercialização das versões em aço das carrocerias Padron Àguia, o TH260E executivos e rodoviários Pégasus. Naquele momento, a empresa usava apenas o duralumínio, curiosamente a dobradinha 88 - 89 representou uma fase bastante peculiar para a THAMCO a CMTC tornou-se sua grande cliente ao encomendar o re-encaroçamento dos seus Monoblocos 0-362 antigos usando a carroceria TH260E ( executivo ) e a produção dos tão sonhados ( pelo prefeito da época, Jânio Quadros) veículos de dois andares, oficialmente denominados como THAMCO ODA ( ônibus dois andares ). Os 10 primeiros foram fabricados pela própria CMTC ( projeto do Arquiteto Luiz Paulo Gião de campos e do Eng. Álvaro Szasz, baseado em um modelo Leyland inglês) e a MAFERSA quem deveria construir os restantes.
Porém, devida ao alto preço pedido, a CMTC realizou uma nova licitação ond a THANCO saiu vitoriosa. Seriam 10 carros por mês,de Abril a julho, e 30 entre Agosto e Setembro. Três desses rumariam para a TRANSURB, de Goiânia. A produção geral já beirava 180 carrocerias ( de todas os modelos ) mensais.
No final de 1989 THAMCO anunciou para Janeiro de 1990 o inicio da fabricação do primeiro ônibus Rodoviário de dois andares nacional, batizado de Gemini. Com 12,86 metros de comprimento, 2,60 metros de largura e 4,25 metros de altura, com capacidade de 76 Passageiros ( 22 na parte inferior e 54 na parte Superior,sendo espaçamento entre poltronas de 880mm e largura de 1,22 metros, a disposição seria semelhante a dos convencionais, duas poltronas entremeadas por um corredor de 440mm.
Contaria também com um compartimento de bagagem na parte traseira inferior, com a capacidade estimada de 12,19 metros cúbicos e acesso independente. O banheiro com 1,20 metros quadrados, situaria na parte inferior próximo a escada, o chassi usado para a empreitada seria o K-112TL com motor intercooler de 330 cavalos, longitudinal traseiro, suspensão a ar, freios pneumáticos, Quadro tipo Heavy Duty com longarinas de 8 mm de espessura e travessas de 6 mm de perfil.
Com ação de giro similar aos ônibus comuns, seria também um modelo econômico, afinal levando em conta a relação do consumo de combustível pelo número de passageiros transportados, conclui-se que além de mais confortável, seria também econômico.
O modelo mais vendido da THAMCO foi o Scorpion, em todas as suas versões, no Rio de Janeiro inúmeras empresas receberam este modelo, entre elas ; Auto Diesel, Penha Rio, Santa Sofia, Campo Grande, Alpha, Reginas, Rio Minho, Master, Flores, Feital, Estrela Azul entre outras.
Cercada por altas dúvidas devido ao interesse pela vanguarda tecnológica,a THAMCO teve alguns bens arrestados pela SAN MARINO ( a maior de seus credores ). Fundada em 1999 a (san Marino complementos) produzia componentes para a indústria automobilística e era formada por ex-funcionários de alto escalão da Marcopolo.
Aproveitando os bens arrestados, formou a NEOBUS em 1999 , mantendo de Guarulhos da extinta THAMCO , os últimos produtos produzidos na fábrica de Guarulhos foram os trólebus sobre chassi Mercedes Benz para São Paulo ( que rodaram na Viação Santo Amaro / Eletrosul ). Depois da entrega, a empresa mudou em definitivo para a Caxias ( Próximo a Marcopolo ).
Modelos que foram Fabricados pela THAMCO ; Falcão, Padron Águia, Pégaso, Fofão, Scorpion, Gemini, Taurus, Génesis e Dinamus.
CURIOSIDADES
O destaque da Thamco ainda na época dos Águias, até o fim da carreira eram seus Bancos: Estofados, de espuma densa eram bem confortáveis, e em vez de assento/ encosto inteiriço, eram duas peças individuais ( uma para cada passageiro ), só que para se soltar era muito fácil. Jogue a primeira pedra quem nunca viu um banco desse danificado ( e era toda semana ) , tanto que mutas empresas preferiam o assento inteiriço de fibra.
O Scorpion, ônibus da Thamco que mais vendeu e mais fez sucesso foi plagiado, baseado no caio Vitória, olhando de lado e de trás tinha quem se confundisse ao ver-lo de longe.
O Falcão usava lanternas de uma Volkswagen
Brasília.
O Gênesis usava lanterna de um Ford Escort.
O Scorpion do Volkswagen Gol quadrado.
Fonte :
Fotos :Acervo Paulão
Acervo Pedro Oliveira
Alexandre Britto
Thiago Crespo
Revista Technibus 1991
2 comentários:
Olá Pedro,
Eu não concordo pois o caio Vitoria ja existia antes da Thamco fazer o Scorpion,pois nessa época ainda se produzia o aguia eu acompanhei a thamco desde seu nascimento e conhecia o secretario-presidente Celso Mitsouka e fazia visitas frequentes a fabrica em guarulhos,SP e ele foi plageado pela collon que tão logo fechou suas portas pois a qualidade não era daquelas.
Já no caso da lanterna do Dinamus se fosse chassis com motor dianteiro era lanternas próprias fabricadas pela IAM bem assim como seu farol e no caso do scorpion realmente era as do gol 89
Olá shalonmelo.
obrigado pelo seu comentário.
As informações contidas nesta postagem foi retirada dos sites ônibus da Paraíba e mais ônibus isso era o que constava la.
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