sábado, 13 de julho de 2013

DIÁRIO DE BORDO : DE FORTALEZA Á BELÉM PARTE 3

FORTALBUS.COM CONTA RELATOS DE UM PASSAGEIRO QUE TOPOU FAZER ESSA GRANDE VIAGEM.

   Por Rafael Fontenele
   Seguimos pela BR- 222 , que no Estado do Maranhão está bem conservada. Ás 07:03 chegamos à Rodoviária de Caxias do Maranhão e logo avistei um Jam Joy de número 6810, um Paradiso 1200, de motor Scania K340, que fazia a linha Imperatriz / Timon. O curioso desse carro era a suleira de barro em seus pneus e laterais, mostrando que havia passado por estradas sem grandes condições de tráfego. Eu tinha uma grande curiosidade em ver um Jam Joy de perto.
     A Rodoviária de Caxias lembra um pouco a de Itapajé, com os ambulantes vendendo as suas guloseimas aos passageiros, saímos de às 07:12 e fomos rumo a Santa Inés. Às 08:10 passamos pela localidade de Km 17 e chegamos à Peritoró às 08:45.
   Infelizmente me deparei com uma rodoviária que mais parecia um mercado público. Na entrada, muitos buracos, carros estacionados, moto táxis e topics, o ônibus em que eu estava teve dificuldade de estacionar na plataforma, quando conseguiu os ambulantes invadiram o ônibus vendendo milho, pamonha, canjica e pipoca.
  Vários passageiros desceram para comer e pude observar que a estrutura da rodoviária está para ser construída há tempos, as colunas que iriam sustentar uma cobertura para a plataforma já estão enferrujadas, o piso está para ser feito em vários lugares e os vendedores de passagens e ambulantes tomam conta do espaço destinado ao embarque e desembarque.
  Observei também que não havia local para sentar e assim esperar os ônibus que por lá passam, mais foi em Peritoró que tive o prazer de ver pela primeira vez um Paradiso 1800DD de motor Scania K124, da Aparecida, o famoso 700, que sairia às 10:00 para São Luiz conforme um vendedor. Após o embarque dos passageiros, saímos de Peritoró às 09:04 e continuamos nossa viagem Maranhão a dentro, nesse instante o ônibus já estava quase cheio e o motorista colocou o filme " 60 segundos " com Nícolas Cage.
     Passamos por Monte Alegre do Maranhão às 09:27, a rodoviária mais parece uma garagem, pois a entrada é estreita e a plataforma de embarque é interna, não demoramos nem três minutos e seguimos viagem. Às 10:05 chegamos a rodoviária de Bacabal e logo após o desembarque de vários passageiros, alguns ambulantes ficaram na porta do ônibus, vendendo laranjas e milho cozido, no entorno da rodoviária, muitos moto táxis e topics aguardavam os passageiros no estacionamento de forma organizada. Apesar de pequena, a Rodoviária parece ser aconchegante, saímos de lá às 10:17 em direção à Santa Inés.
    Ás 13:35 , chegamos enfim a Santa Inés, nosso destino final no ônibus da R A Viagens, antes de chegarmos á rodoviária, paramos para alguns passageiros desembarcarem no centro da cidade. Lá me deparei com um Urbanuss ex-Vega , de Fortaleza, ainda com a antiga pintura do sistema, mas sem numeração.Acredito que ele foi da Vega, pois no destino frontal auxiliar estava o número 026, alusivo a linha Antônio Bezerra / Messejana, o mesmo passou vazio em direção a entrada da cidade.  
  Santa Inés é uma cidade importante do Maranhão, ela liga São Luiz a Imperatriz e Teresina a Belém, mais infelizmente tem uma das piores, se não a pior que já vi em se tratando de Rodoviária. A entrada para ônibus é cercada por um muro que estreita a passagem dos veículos.Nos fundos da Rodoviária existem algumas casas que são usadas como pousadas, ao encostar o ônibus na plataforma e abrir a porta, várias mulheres abordavam e disputavam os passageiros para almoçarem. Observei que o lixo tomava de conta da plataforma em algumas colunas, que estavam enferrujadas devido ao inicio antigo da reforma da Rodoviária.
    Na plataforma, alguns bancos de madeira dividiam o espaço com bancos de ambulantes, que vendiam CD´s e até relógios, os boxes de frente para a plataforma, ao invés de serem usadas por empresas para vender as passagens ou passar informações sobre o horário dos ônibus, são ocupados por inúmeras lanchonetes, apenas o box da Guanabara fica de frente para a plataforma. Me informei no guiché da Boa Esperança sobre o horário de saída do próximo ônibus para Belém, infelizmente, o último saído ha pouco mais de 10 minutos e o próximo passaria por Santa Inés por volta das 16 Horas.
     O ônibus da Guanabara seria o mais próximo a passar, por volta das 13 Horas, vindo de João Pessoa, mas o atendente me avisou que o mesmo atrasaria e não saberia dizer ao certo a que horas iria passar. Deixei minha mala em um dos restaurantes e me dirigi ao banheiro para tomar um banho, na porta, um senhor de idade que se dizia vigia do banheiro cobrava R$ 2,00 para usá-lo, mais caro que em muitas outras Rodoviárias.
  Ao entrar no banheiro, me deparei com um espaço em reforma com apenas uma das três pias em bom funcionamento, as outras estavam entupidas. O teto estava apoiado por estacas num forro in acabado e dos quatros lugares para com vaso sanitário, apenas dois estavam em bom estado de uso. Há dois espaços para banho, mas não existe lugar para colocar as roupas ou materiais de Higiene, tive que colocar tudo no chão molhado mesmo.

     Devido ao calor intenso, o banho apenas aliviou por algum tempo, comprei a passagem para Belém na Guanabara mesmo, no ônibus que viria de João Pessoa para Belém , a mesma custou R$ 68,00. Na passagem, mostrava que o horário de saída seria 12:10,mas o mesmo só chegou ás 14:10, com duas horas de atraso.

Veja Também :                                                                       Diário de Bordo : de Fortaleza Belém Parte 1     Diário de Bordo : de Fortaleza à Belém Parte 2
Diario de Bordo de Fortaleza Belém Parte 4
Fonte   : 
Foto     : 
João Victor    

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