BUSSCAR NO CEARÁ ;
A PRIMEIRA GERAÇÃO DOS RODOVIÁRIOS.
Por Fortalbus
Durante a década de 1980, os ônibus da marca Nielson ganharam a confiança dos empresários do setor de transporte rodoviário no Ceará, que passaram a adquirir os saudosos modelos da linha Diplomata para as mais diversas aplicações.
Com a nova fase iniciada em 1990, marcada pela mudança para Busscar Ônibus S.A, foi lançada a linha de ônibus rodoviários, El Buss e Jum Buss. Os modelos nasciam com a missão de continuar o sucesso da carroçadora no segmento de ônibus rodoviário.
Com características marcantes e um atraente visual externo para a época, a nova linha de produtos destacava-se por seu moderno projeto aerodinâmico, mecânica facilitada e equipamentos adequados, proporcionando uma otimizada manutenção dos veículos.
A linha El Buss era composta por veículos mais simples e de menor altura, disponível nas versões 320, 340 e 360, podendo receber chassis de motorização dianteira. Já o Jum Buss, nas versões 340, 360 e 380, traziam veículos mais sofisticados e ideais para aplicações em viagens de longas distancias que exigiam um conforto maior.
Os dois modelos diferenciavam-se, além da altura, também pelo para-brisa, que na linha Jum Buss era repartido horizontalmente e localizado mais próximo dos faróis. Vale lembrar, que as versões referiam-se à altura da carroceria, no El Buss 340, por exemplo, sua altura total tinha 3,40 metros.
A primeira unidade chegou ao Ceará em 1990 através da Rápido Crateús, empresa pioneira dos produtos da carroçadora catarinense quando ainda nos tempos de Nielson. Com o tradicional prefixo romano LXXIV, ou simplesmente 74, o veículo era da versão El Buss 360 com chassi Mercedes-Benz O-371RSD, equipado com terceiro eixo e 13,20 metros de comprimento.
A nova linha de rodoviários Busscar, logo atraiu a atenção dos frotistas deste segmento no Ceará, que passaram a adquirir estes modelos com maior intensidade nos anos seguintes. Algumas dessas empresas chegaram a padronizar suas frotas com veículos Busscar durante a década de 1990, como por exemplo, a extinta Expresso Serrano.
Série 1 ( 1990 - 1994 ) |
Principais aquisições entre 1990 e 1994, referentes a primeira série produzida:
El Buss 320 por Tauatur e Expresso Serrano;
El Buss 340 por Expressul, Viação Aracati, Gertaxi, Vipu e Expresso Canindé;
El Buss 360 por Rápido Juazeiro, Rápido Crateús, Rio Jaguaribe, Rio Negro, Brasileiro e Ipu Brasília;
Jum Buss 360 por Gertaxi;
Jum Buss 380 por Timbira.
Jum Buss 340, Produzido entre 1992 e 1996. |
A versão 340 do Jum Buss só começou a ser produzida pela Busscar em 1992, chegando ao Ceará apenas em 1993 através da Viação Aracati e Expresso Serrano, ambos com chassis Mercedes-Benz.
A primeira atualização ocorreu em 1994, quando ganhou uma nova grade sem divisão por linhas e farol de neblina duplo no para-choque. A alteração mais visível aconteceu nas linhas do farol, agora sem o aspecto “bicudo”, passou a ter o conjunto óptico integrado na carroceria. A traseira ganhou brake-light e uma faixa refletiva ligando as lanternas traseiras. Nesta série, produzida entre 1994 e 1996, a versão com vidros colados era chamada de “T”, disponível apenas no Jum Buss 360 e 380.
Série 2 ( 1994 - 1996 ) |
Algumas aquisições referente a segunda série dos rodoviários Busscar 1994-1996:
El Buss 320 por Pinheiro e NGB Turismo;
El Buss 340 por Expresso Canindé, Viação Paraipaba, Redentora, Vipu, Gertaxi, Rápido Crateús, Redenção, Rio Negro e Expresso Serrano;
Jum Buss 340 por Empresa São Benedito, Ipu Brasília e Expresso Guanabara;
Jum Buss 360 por Expressul, Horizonte, Vipu, Ipu Brasília, Rápido Juazeiro e Rio Negro;
Jum Buss 380 por RJ Viagens (Rápido Crateús).
Em 1996, acontece uma reformulação mais ousada nos modelos, a começar pela coluna de janelas da cabine do motorista, que recebeu um desenho mais arredondado e novo estilo de para-brisas. Os para-choques não tinham mais os borrachões, assim como a lateral que ganhou o frizo na cor da carroceria. A traseira só mudou no ano seguinte, quando recebeu um novo formato da tampa traseira contendo brake-lights circulares e faixa refletiva arredondada.
Série 3 ( 1996 - 1998 ) |
Também em 1996, foi lançada a versão Jum Buss 400P, veículo do tipo “low Driver” onde o motorista era rebaixado para a visão panorâmica do salão de passageiros. No Ceará, a versão 400 só chegaria em 1999 através da Jaicós Turismo.
Principais aquisições referentes à série 1996-1998:
El Buss 340 por Expresso Serrano, Empresa Vitória, Expressul, Expresso Asa Branca, Gertaxi, Crateús Viagens, Rápido Crateús, Ipu Brasília, Viação Paraipaba, Redenção, Fretcar e Expresso Timbira;
Jum Buss 360 por Expresso Guanabara, Expresso Asa Branca, Expressul, Redenção, Fretcar, Rápido Juazeiro, Gertaxi e Rio Negro.
Nesta série, o raro El Buss 360 foi adquirido apenas pela Expresso Timbira, as unidades tinham chassis Scania F113 de motor dianteiro e 14 metros de comprimento, sendo incorporados à frota da empresa no ano de 1997.
El Buss 360 1997 com chassi Scania F- 113 HL |
Em 1998 ocorreu a ultima atualização da primeira geração Busscar. As principais alterações aconteceram no desenho da janela da porta e no acabamento cromado ao redor dos faróis. Outra novidade foi o lançamento do Vissta Buss, uma espécie de versão “panorâmica” do Jum Buss 360, porém com ausência da barra horizontal que divide o para-brisa.
Principais aquisições da série 1998-2001:
El Buss 320 por Gertaxi;
El Buss 340 por Via Luxo, São Benedito, Fretcar, Expresso Serrano, Redenção, MRW Turismo, Redentora, Gertaxi, Rápido Crateús e Ipu Brasília;
Jum Buss 360 por Expresso Guanabara, Trans Fátima, Via Luxo e Expresso Asa Branca;
Jum Buss 380 por Rio Negro e Rápido Juazeiro.
Jum Buss 400P por Jaicós Turismo.
Série 4 ( 1998 - 2001 ) |
A Rápido Crateús saiu na frente mais uma vez quando em 2000 adquiriu duas unidades do modelo Vissta Buss para o Ceará. Os veículos receberam o potente chassi Volvo B12B, sendo mais tarde, um deles transferido para a Trans Crateús, empresa do mesmo Grupo.
Vissta Buss Volvo B12 ano 2000 |
Fonte : Fortalbus.com.br
Fotos : Acervo Busscar / Eduardo Natacci Júnior / José Augusto / Nilson Ribeiro Júnior / Valdenio M. Cândido
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