FORTALBUS.COM APRESENTA SÉRIE DE REPORTAGEM, COM RELATOS DE UM PASSAGEIRO QUE TOPOU ENCARAR ESSA GRANDE VIAGEM.
Em 1976, a linha interestadual Fortaleza-Belém começou a ser
explorada pelas empresas cearenses Ipu-Brasília, de propriedade de
José Carlos Sobrinho, e Expresso Timbira, que tinha como dirigente
Miguel de Azevedo.
Antes disso, em 1975, a Expresso Timbira e a Ipu Brasília venceram
a concorrência aberta em âmbito nacional, pelo Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem (DNER), órgão regulador na época, para a
concessão da linha rodoviária Fortaleza-Belém-Fortaleza. A vitória teve
maiores méritos e obteve maior repercussão, inclusive em outros
Estados, pelo fato de terem participado ao lado da Ipu Brasília e
Expresso Timbira, mais seis empresas do maior gabarito e expressão
nacional, fato que colocou as duas empresas cearenses entre as mais
modernas e bem aparelhadas do país.
A estrada que liga Fortaleza à Belém tem 1611 quilômetros de extensão.
O superintendente da Expresso Timbira, Sr. Miguel Azevedo, adiantou
que sua empresa colocou para iniciar na linha seis ônibus, em duas
viagens diárias, tipo semi-leito, não sabendo nem sequer o preço da
passagem que seria cobrado. O tempo gasto numa viagem Teresina-
Belém era na época, aproximadamente o mesmo percurso Fortaleza-
Teresina, ou seja, de 11 a 12 horas, informou.
No inicio das operações, os ônibus da linha Fortaleza-Belém não
eram equipados com aparelhos sanitários, na época era proibidos pelo
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Mas, as empresas de
ônibus vencedoras tinham que construir terminais e pontos de paradas na
extensão da linha, para atendimento dos usuários.
Fortaleza x Belém com Mercedes-Benz
As duas empresas genuinamente cearenses, que iniciaram a
condução dos passageiros na linha Fortaleza-Belém, utilizaram os
modernos e confortáveis monoblocos O-355 da Mercedez-Benz, modelo
exportação, adquiridos na Aguanambi Diesel. "Sob os auspícios 'da sua
boa estrela em qualquer entrada', a Expresso Timbira e a Ipu Brasília
estarão conduzindo passageiros entre Fortaleza e Belém", anunciava a
revendedora Mercedes-Benz.
Para a garantia de total desempenho dos ônibus das duas empresas
locais em suas operações na linha Fortaleza-Belém, a assistência técnica,
em seus mínimos detalhes, ficou a cargo da Aguanambi Diesel (atual
Ceará Diesel), e sua experimentada equipe técnica. Os cuidados de
conservação e assistência incluía também a reposição de peças
genuínas, com revisões permanentes das rodonaves cearenses após
cada viagem de ida e volta a capital paraense.
Fonte de pesquisa: Banco de Dados Cepimar
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